EDUCAÇÃO E CIDADANIA •

Boa Vida e Vida Boa
Um dos principais objetivos do ser humano é procurar o bem-estar. Isso mesmo, todos nós buscamos na vida o bem-estar. Bem-estar no dicionário é: conforto, comodidade, aconchego, contentamento, felicidade, satisfação, saúde, segurança, tranquilidade, euforia, alegria, beatitude, conveniência, entusiasmo, prazer, delícia. Então, quem não quer ter tudo isso? Quem não procura na vida o bem-estar?
“Bem-estar é um conjunto de práticas que engloba uma boa nutrição, atividade física, bons relacionamentos interpessoais, familiares e sociais, além de controle do stresse. Pode-se assim dizer que bem-estar significa a saúde no seu sentido mais amplo, de maneira ativa e em todos os seus aspectos”. (significados.com.br).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Se você tem qualidade de vida, você está incluso nos padrões de uma pessoa com bem-estar.
Dito o que foi dito, gostaria que você analisasse o texto a seguir falando sobre “boa vida e vida boa”, tire as suas conclusões.
“No mundo de hoje, há boa vida e vida boa.
Boa vida é bem-estar e vida boa é estar bem.
Por isso, temos criaturas de boa vida e criaturas de vida boa.
As primeiras servem a si mesmas.
As segundas respiram no auxílio incessante aos outros.
A boa vida tem rastros de sombra. A vida boa apresenta marcas de luz.
A desordem favorece a boa vida. A ordem garante a vida boa.
Palavra enfeitada costuma escorar a boa vida. Bom exemplo assegura a vida boa.
Preguiça mora na boa vida. Trabalho brilha na vida boa.
Ignorância escurece a boa vida. Educação ilumina a vida boa.
Egoísmo alimenta a boa vida. Caridade enriquece a vida boa.
Indisciplina é objetivo da boa vida. Disciplina é retiro da vida boa.
Vejamos as lições do Evangelho: Madalena, obsidiada, perdera-se nos enganos da boa vida, mas encontrou, em nosso Divino Mestre, a necessária orientação para a vida boa. Zaqueu, afortunado, apegara-se em demasia às posses efêmeras da boa vida; entretanto, ao contato de Nosso Senhor, aprendeu como situar os próprios bens na direção da vida boa.
Judas, o discípulo invigilante, procurando a boa vida, entregou-se à deserção e, sentindo extrema dificuldade para voltar à vida boa, foi colhido pela loucura. Simão Pedro, o apóstolo receoso, tentando conservar a boa vida, instintivamente, negou o Divino Amigo por três vezes numa só noite; entretanto, regressando, prudente, à vida boa, abraçou o sacrifício pela própria ascensão, desde o dia do Pentecostes.
Pilatos, o juiz dúbio, interessado em desfrutar a boa vida, lavou as mãos quanto ao destino do Excelso Benfeitor, adquirindo o arrependimento e o remorso que o distanciaram da vida boa.
Todos os que crucificaram Jesus pretendiam guardar-se nas ilusões da boa vida; no entanto, o Senhor preferiu morrer na cruz da extrema renúncia para ensinar-nos o caminho da vida boa.
Como é fácil observar, nas estradas terrestres, há muita gente de boa vida e pouca gente de vida boa, porque a boa vida obscurece a alma e a vida boa mantém a consciência acordada para o desempenho das próprias obrigações.
Estejamos alertas quanto à posição que escolhemos, porquanto, pelo tipo de nossa experiência diária, sabemos com segurança em que espécie de vida seguimos nós”. Fonte: Irmã Sheilla do livro: Comandos do Amor, (Chico Xavier).
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).



