Pela libertação de todas as pandemias

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Para o tempo de incertezas em que vivemos, tempo nebuloso, ainda não temos perspectivas de ver o brilho do sol. Mas não podemos deixar de ter esperança nem nos deixar abater o ânimo. Por entre as nuvens o sol ainda brilha. Deus é nosso companheiro na dor!
No último dia 14 de maio, o Alto Comitê da Fraternidade Humana promoveu o Dia Mundial de oração, jejum e obras de caridade para pedir a Deus misericórdia neste momento trágico da pandemia. Foi um dia propício para que os homens de boa vontade exercitassem a solidariedade, pois todas as tradições religiosas foram convocadas a realizar essa penitência.
Toda a humanidade precisa irmanar-se nesses momentos, pois todos sofrem as consequências diretas ou indiretas desse grande mal. São Francisco de Assis dizia: “Todos irmãos”. E essa pandemia nos igualou, pois os seres humanos de todas as nações, credos e etnias estão sujeitados a esse inimigo comum.
Desse modo, a oração e a unidade nos ajudam a vencer outras pandemias, da indiferença, do preconceito, da intolerância. Há tempos elas se alastram através de meios, como o egocentrismo, a vaidade, a auto exposição, a autopromoção.
E tal como um efeito dominó, estes problemas são geradores de outros. Há alguns dias o Papa Francisco denunciou: “Há muitas pandemias! A pandemia das guerras, da fome, e muitas outras”. O Sumo Pontífice exemplificou através de uma estatística, não sobre o coronavírus, mas sobre a fome. Nos primeiros quatro meses deste ano, 3 milhões e 700 mil pessoas morreram de fome! Eis aí uma chaga letal da humanidade.
Muitas vezes, a inconsciência e a insensibilidade infectam nossas autoridades, infectam muitas pessoas que desrespeitam as medidas restritivas, e tantas outras que fecham as mãos e o coração e não ajudam o próximo. É urgente a nossa necessidade de conversão, de pedir perdão a Deus pelos nossos pecados e pelos do mundo inteiro.
Segue a oração que o Papa realizou no dia 14 de maio:
Que Deus detenha esta tragédia, que detenha esta pandemia. Que Deus tenha piedade de nós e que cesse também as outras pandemias tão ruins: a da fome, a da guerra, a das crianças sem instrução. E peçamos isso como irmãos, todos juntos. Que Deus nos abençoe a todos e tenha piedade de nós.

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