A Pandemia Clama Humanidade

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MÁRCIA MARIA MONT´ALVERNE

Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).


O mundo foi surpreendido por uma sorrateira pandemia
Aos poucos diferentes países foram vivenciando a sua agonia.
Alguns governos irresponsáveis afirmaram tratar-se de uma histeria
Outros, de imediato, reconheceram a gravidade do que aconteceria.

Líderes de diferentes países menosprezaram a letalidade da doença
Em breve espaço de tempo foram alcançados pela virulência.
Compreenderam que a covid-19 não se tratava de uma gripezinha,
Mas de uma doença grave que ultrapassava qualquer linha.

Alguns líderes continuaram perpetrando irresponsabilidades
Negando a existência da doença e as suas potentes letalidades,
Desprovidos de sensibilidade e de empatia para com os próximos
Colocaram a vida humana como menos importante que os negócios.

Muitos agiram com tétrica e repugnante covardia
Impondo uma cruel escolha entre saúde e economia
Em vez de garantirem recursos para amparar a população mais pobre,
Propagavam notícias falsas, levando as pessoas a encontrarem-se com a morte.

Várias cidades em diferentes países do mundo
Realizam sepultamentos coletivos carregados de pranto profundo.
Covas comuns horizontais e verticais são as soluções encontradas
Para dar conta das inúmeras mortes deflagradas.

O ritual humano de despedida tornou-se proibido de acontecer
Tal fato causa intenso sofrimento e faz o ser estremecer.
A facilidade do contágio do coronavírus é o motivo dessa proibição
Angústia, tristeza, desespero, impotência e saudade inundam o coração.

Aprendemos que quando a política briga com a biologia, a biologia sempre vence:
Eis uma verdade incontestável que revela os enganos daquele que mente.
A tragédia pandêmica que assola a população mundial sem piedade
Também nos oferta a decisão de escolhas que cultivam a nossa humanidade.

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