Estamos na reta final de mais um período eleitoral em nossos municípios. A população está prestes a exercer um dos mais belos direitos que garantem a perpetuação da democracia e a sobrevivência da cidadania. O voto é a oportunidade de cada cidadão ter em suas mãos o destino da história, que delineia os rumos do desenvolvimento dos povos.
Daí a importância de ser feito com seriedade, consciência e senso de responsabilidade social. O que está em jogo é o compromisso comunitário de cada cidadão com o bem comum. E este é um dos princípios de quem deseja assumir a vida pública: a busca pelo bem comum, que não está necessariamente ligado à soma do bem-estar de cada indivíduo, mas corresponde a um conjunto de condições necessárias para que cada pessoa tenha acesso à vida digna e tenha meios de ser protagonista de sua própria existência.
Desse modo, aqueles candidatos que buscam apenas seus próprios interesses ou os interesses de seu grupo não estão aptos para exercerem um cargo, segundo a responsabilidade política que é exigida. Prefeitos e vereadores precisam, antes de tudo, exercer a corresponsabilidade na promoção do bem comum e do desenvolvimento integral de todos os indivíduos e grupos.
Erram os cidadãos que desprezam a política ou desmerecem o processo eleitoral. Desprezar o direito ao voto é como não querer que o rio poluído passe pelo meio da cidade. Por que desviá-lo, se ele pode ser despoluído, canalizado, desassoreado e corrigido? Afinal, a política é uma nobre vocação.
Por isso, a política do cabresto e da troca de favores deve ser ultrapassada, dando lugar a uma política livre na qual o eleitor seja autônomo para decidir em quem votar. A liberdade na escolha de quem votar também é um direito de cada cidadão. Os candidatos não podem fazer da assistência social um meio de manipulação dos pobres e de domínio sobre os mais necessitados. Ai daqueles que se aproveitam da pobreza dos cidadãos para garantirem a manutenção de seus cargos políticos ou a realização de seus próprios interesses!
A política, em sua forma genuína, garante o direito que cada sociedade possui de decidir sobre o próprio destino, de modo democrático e equilibrado. Para isso, a construção da unidade e da paz são essenciais. Um bom político zela pela comunhão entre os indivíduos e grupos sociais, o diálogo entre os diferentes e a inclusão de todos, sem exclusivismos e privilégios injustos.
Quantos aos cidadãos, cabe-lhes a consciência sobre a importância de votar com consciência, responsabilidade e liberdade. A escolha do candidato deve corresponder ao modelo de sociedade em que queremos viver e ao futuro que queremos construir. A honestidade das pessoas é imprescindível na escolha de dirigentes justos e honestos para o governo civil de nossos municípios. Viva a democracia!

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